quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Em até cinco anos, Exército terá mulheres combatentes


Após presidenta Dilma Rousseff sancionar lei, corporação forma grupos de trabalho para se adaptar e incluir segmento feminino em academias e na tropa convencional


 O Exército brasileiro se prepara para receber mulheres combatentes. Uma lei sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em agosto dá à Força prazo de até cinco anos para se preparar para integrar alunas à EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes do Exército) à Aman (Academia Militar das Agulhas Negras, escola de oficiais), em Resende, no Sul Fluminense, e praças profissionais à Escola de Sargentos das Armas (ESA), em Três Corações (MG).

Grupos de trabalho no Exército estão sendo formados para estudar como se dará a entrada das mulheres combatentes na tropa. Com a mudança, elas poderão passar a entrar efetivamente em combate, portando fuzis, integrando patrulhas e missões reais de confronto e de paz, como parte das sete Armas do Exército.


Poderão rastejar e combater a pé em qualquer terreno pela Infantaria, embarcar em um carro de combate da Cavalaria no front, fazer contato ou guerra eletrônica com o equipamento das Comunicações, reparar ou destruir pontes na Engenharia, dar o apoio logístico do Material Bélico ou fazer o planejamento dos suprimentos, na Intendência.

O Exército já tem mulheres, mas apenas no quadro complementar, em áreas como Saúde (médicas, dentistas, enfermeiras, técnicas de enfermagem e psicólogas, por exemplo) e em carreiras técnicas do IME (Instituto Militar de Engenharia).

Com desempenho acadêmico destacado, a cadete do IME Clara Luz foi enviada para estágio de um ano em West Point, academia militar dos Estados Unidos. Ao lado de cadetes mulheres combatentes, ela também ficou em primeiro lugar lá.

Embora haja mulheres combatentes em polícias militares pelo Brasil, no Exército o segmento feminino se restringe a 6.700 de seus 200 mil integrantes, representando apenas 3,35% do total.

Trata-se de uma carreira, portanto, esmagadoramente masculina. Como comparação, o Exército dos Estados Unidos, por exemplo, tem 14% de mulheres, o quádruplo, proporcionalmente.

Primeira mulher atuou em 1823
No Brasil, a primeira participação de uma mulher em combate ocorreu em 1823, quando Maria Quitéria de Jesus – considerada a primeira mulher a assentar praça em unidade militar – lutou pela manutenção da independência.

Só em 1943, as mulheres entraram oficialmente no Exército, na 2ª Guerra Mundial, quando a Força enviou 73 enfermeiras voluntárias para servir em hospitais do Exército dos EUA.


O Dia

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