quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

PROGRAMA SOCIAL QUALIFICA JOVENS PARA O MERCADO DE TRABALHO


Jovem Aprendiz gera oportunidade para adolescentes que buscam o primeiro emprego

Programas como o Jovem Aprendiz podem ajudar empresas, independente do seu tamanho, a reduzirem uma de suas principais queixas: a falta de mão de obra jovem qualificada. Além disso, a iniciativa gera oportunidades e pode mudar a vida de muitos adolescentes que o primeiro emprego. O RioSolidario, por meio do seu Banco de Jovens, que conta hoje com mais de 2.300 inscrições, incentiva a ideia e encaminha meninos e meninas para vagas em instituições parceiras, que já adotam o programa Jovem Aprendiz.

Segundo a Lei 10.097/2000, a chamada Lei da Aprendizagem, empresas de médio e grande porte têm que contratar jovens de 14 a 24 anos, para capacitação profissional (prática e teórica), cumprindo cotas que variam de 5% a 15% do número de funcionários efetivos qualificados. É facultativa a contratação de aprendizes pelas micro e pequenas empresas. Entre 2016 e 2019, o Ministério do Trabalho e Emprego espera atingir a marca de 1,7 milhão de jovens aprendizes contratados. O Rio de Janeiro aparece como um dos estados com maior adesão ao programa.


A Nova Cedae é um exemplo em que o Jovem Aprendiz contribuiu para o crescimento da companhia. Desde a adesão ao projeto, em 2009, os aprendizes fazem parte de diferentes equipes de trabalho. Atualmente, 196 jovens, indicados pelo RioSolidario, e incluindo pessoas com deficiências intelectuais, atuam na companhia por meio do programa.


– Com este projeto, estamos dando a oportunidade de inclusão de jovens no mercado de trabalho, todos devidamente treinados em atividades administrativas e de informática – disse Marcus Vinícius Bittencourt, assessor de RH da Cedae, responsável pela coordenação do Jovem Aprendiz na companhia.


Ele recomenda que outras empresas façam a adesão a programas de contratação de pessoas de 14 a 24 anos:


– Recomendamos, sem hesitação, que outras empresas façam a adesão a esses programas, pois beneficiam significativamente o jovem e a empresa, sobretudo se existe o apoio de entidades parceiras confiáveis – completou.


Além das atividades práticas supervisionadas, desenvolvidas dentro da própria empresa, a Lei de Aprendizagem determina que haja também uma carga horária teórica. Para isso, muitas contratantes optam por firmar parcerias com entidades como o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e o Senac.


– Acompanhamos toda a trajetória do jovem, verificando a obrigatoriedade da permanência do mesmo matriculado e frequentando a escola, avaliando também seu desempenho nas suas atribuições profissionais, e certificando seu aprendizado – explicou o professor Paulo Pimenta, superintendente do CIEE Rio.


As atividades teórico-profissionais acontecem em encontros semanais no CIEE, paralelamente à formação prática desenvolvida na empresa contratante, nos demais quatro dias da semana.


O professor Paulo Pimenta explica que, como o programa é considerado também de assistência social, o CIEE promove ainda atividades que fortaleçam os vínculos familiares, que abordem temas como sexualidade, drogas, direitos e autoconfiança, e dá atendimento a possíveis situações individuais.


Pela legislação, os programas de contratação de jovens devem ter duração de 11 ou 17 meses, com carga horária de 4 ou 6 horas diárias (dependendo do curso), nos cinco dias da semana. O aprendiz tem direito ao salário mínimo-hora, observando o piso estadual, o que não impede, no entanto, que a empresa garanta um salário maior, com base em um acordo coletivo existente.


Banco de Jovens do RioSolidario


O banco de talentos do RioSolidario tem como proposta cadastrar jovens entre 14 a 23 anos, que estejam em risco ou vulnerabilidade social e sejam oriundos, preferencialmente, de comunidades carentes do Estado do Rio de Janeiro.


– O nosso foco está nos jovens. Temos diversas parcerias com empresas que oferecem vagas para esses meninos e meninas. Ao indicá-los para essas oportunidades, estamos mudando a vida de cada um deles – afirmou Aline Bieites, coordenadora do programa Futuro Agora do RioSolidario.


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