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Procuradora de Justiça Denise Tarin: identificação de vulnerabilidades nas áreas de risco e busca de solução |
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Evento do
Ministério Público capacita equipe e busca atuação integrada com o poder
público para a prevenção de acidentes |
Aberto na manhã desta segunda-feira, 15, o
evento ‘Segurança Humana nas Cidades Resilientes’, promovido pelo Ministério
Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), é direcionado a promotores da
Região Serrana para atuação prioritária na prevenção dos desastres. Realizada
no Centro de Visitantes do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Soberbo, a
capacitação acontece durante todo o dia, com palestras e uma oficina de
trabalho coordenada pela professora Lucila Martinez, coordenadora nacional da
Cátedra da UNESCO Meio Ambiente e Cidade.
O público-alvo é
formado por promotores e procuradores de Justiça, advogados, biólogos,
geógrafos, economistas e pesquisadores ligados à prevenção de desastres. A
Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro foi convidada a participar do evento
por ter um planejamento estratégico e também para estabelecer parcerias de
trabalho junto à comunidade.
Durante o
evento, também está sendo lançado o Projeto Morte Zero, em razão do histórico
da área para a ocorrência de deslizamentos e o registro de mortes durante o
período de chuvas de verão. A apresentação ficou a cargo da promotora de
Justiça Karine Susan Cuesta, coordenadora do Centro de Estudos e
Aperfeiçoamento Funcional e presidente do Instituto de Estudos e de Pesquisa do
Ministério Público Estadual. Voltada para toda a Região Serrana, a ação tem o
objetivo de fazer uma aproximação com a população e promover campanhas de
conscientização para medidas preventivas e procedimentos de segurança em épocas
de chuvas, bem como fomentar movimentos sociais para atuar na busca de soluções
junto aos poderes públicos. Estão previstas ações até o final de março de 2015.
O projeto foi
desenvolvido pela 9ª Procuradoria de Justiça de Tutela Coletiva do MPRJ.
Segundo a procuradora de Justiça Denise Tarin, idealizadora da campanha,
trata-se de uma oficina de trabalho voltada para metodologias e estratégias visando
uma atuação integrada entre o órgão e o poder público. “O que nós queremos é
dotar de todo o auxílio os promotores de Justiça da região, não só do elemento
material, mas com a investigação científica para nós solucionarmos a questão
dos deslizamentos, com a repercussão na vida das pessoas, sobretudo nos
impactos patrimoniais e perda de vida humana”, pontuou.
De acordo com
Denise Tarin, o foco preventivo do evento está na identificação da
vulnerabilidade das pessoas que vivem em situação de risco na Região. O desafio
é tirar as soluções do papel e transformá-las em realidade. “É importante que
nós saibamos efetivamente o número de pessoas que ainda permanecem em situação
de risco. Outra questão é sensibilizar essas pessoas quanto à percepção da sua situação
de risco. Tecnicamente e cientificamente as soluções estão aí, o desafio é como
tirá-las do papel. Isso, sem dúvida, é um desafio não só do poder público, que
tem o problema da continuidade das suas ações, mas também da sociedade, para
continuar perseguindo as soluções”.
Fotos –
Jeferson Hermida.
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