A Secretaria Estadual de Educação informou ontem que o governo vai enviar à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a proposta de 7% de reajuste para 147 mil servidores da rede estadual de ensino (75 mil professores, 15 mil servidores administrativos e 57 mil inativos). O índice é acima da inflação oficial, que no ano passado ficou em 5,84%.
Foto: Arte: O Dia
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O número era mantido sob sigilo pelo secretário Wilson Risolia, que negociava o índice com entidades sindicais e com a cúpula do governo. O texto seguirá para apreciação da Alerj na próxima semana. O novos salários passarão a valer a partir de 1º de junho.
Com o acréscimo, o vencimento inicial para professor de 30 horas, perfil que representa a maior parte do funcionalismo, será de R$ 2.009,88. Já o teto da categoria, para servidores com longo tempo de casa ou especializações, vai para R$ 5.289,57.
De acordo com a secretaria, com os 7% deste ano, os docentes na rede estadual receberam 30,31% de reajuste acumulado desde 2011. No ano passado, o aumento foi de 14,11%. Em 2012, foram zeradas as parcelas do programa Nova Escola, que terminaria apenas em 2015. Já em 2011, o reajuste foi de 9,2%. Ainda em 2011, funcionários administrativos receberam aumento que variou em até 116,04%.
LONGE DO DESEJADO
A proposta dos 7% foi bem recebida pela (União dos Professores Públicos no Estado (Uppes), entidade que representa a categoria nas negociações com o governo. Ainda assim, os salários estão longe do desejado, segundo a presidenta Terezinha Machado.
FALTA MUITO AINDA
Ela argumenta que, mesmo com um salário inicial de R$2 mil, fica difícil segurar um professor na rede hoje. “Vai melhorar, mais ainda está muito longe do ideal. Por esse mínimo, o professor dificilmente vai ficar na escola pública”, ilustra Terezinha.
AQUÉM DO EXIGIDO
Em constante queda de braço com o governo, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) tem reivindicado salário mínimo de R$ 3 mil para os professores, além de um terço da carga horária para planejamento de aulas e aumento das bonificações.

O DIA / Daniel Carmona