Realizado com sucesso neste sábado, dia 29, pela Secretaria
Municipal de Defesa Civil, o exercício simulado de desocupação na
Ilha do Caxangá, no bairro do Alto, mobilizou um bom número de
moradores. Também participaram do treinamento técnicos de Defesa
Civil, agentes comunitários e voluntários do NUDEC (Núcleo
Comunitário de Defesa Civil) e da Unidade de Proteção Comunitária
implantados no local, além de pessoal do 16º Grupamento de Bombeiro
Militar. A ação marcou o Dia Estadual de Redução de Riscos de
Desastres, comemorado pelo terceiro ano consecutivo no Rio de
Janeiro, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Defesa Civil.
Por volta das 10h, o alto-falante do
Sistema de Alerta e Alarme instalado na comunidade divulgou aviso
alertando sobre a realização do treinamento. Às 10h10 as sirenes
tocaram simulando um evento real, e os moradores deixaram as suas
casas e se dirigiram à Capela São Paulo e também à quadra de
esportes da localidade. Esses são os dois pontos de apoio
pré-definidos pela Defesa Civil como locais seguros para os quais
todos devem se dirigir em caso de inundação da área, considerada
de risco para alagamento. Um terceiro ponto é o Colégio Estadual
Euclydes da Cunha.
Coordenando o simulado, o secretário
municipal de Defesa Civil, coronel Roberto Silva, parabenizou a
participação dos moradores. “Eu vejo as pessoas conscientes e
cada vez mais participativas nesse processo preventivo. Facilita
muito as nossas ações ter na comunidade pessoas preparadas,
mobilizadas e sabendo como agir. Essa é a essência da Defesa Civil:
a prevenção e a preparação das comunidades. Parabenizo os
moradores da Ilha do Caxangá”, enalteceu.
Morador há 28 anos no local e
integrante da comissão comunitária que atua na região, o
carpinteiro João Carlos Carvalho aprovou o treinamento. “Muito
válido diante desse período de chuva que está por vir a gente
saber exatamente onde são os pontos de apoio e como a Defesa Civil e
o Corpo de Bombeiros poderão nos auxiliar. Isso deixa os moradores
muito mais tranquilos para passar por um período de chuva e possível
enchente”, opinou. O vizinho e colega de profissão, Rogério dos
Santos Araújo, também considerou o exercício válido. “É um
ponto positivo. Vemos hoje, num dia de sábado, uma mobilização bem
grande de moradores que há tempos não via. O pessoal está unido em
prol da prevenção”, comentou ele, que mora há 38 anos na Ilha do
Caxangá.
Prevenção
A Ilha do Caxangá é contemplada com
três importantes ações de prevenção de defesa civil: as sirenes
do Sistema de Alerta e Alarme, que são acionadas preventivamente
quando o volume de chuvas atinge de 30 a 35 mm no intervalo de uma
hora, indicando risco de inundação; o Núcleo Comunitário de
Defesa Civil, em que voluntários são treinados para dar a primeira
resposta aos moradores em época de fortes chuvas, até a chegada dos
órgãos oficiais de socorro; e com uma UPC – Unidade de Proteção
Comunitária, que conta com agentes comunitários contratados pelo
Estado para alertar e orientar a população em casos de emergência.
Limpeza do rio
Outra ação realizada recentemente
na área, a pedido da Prefeitura, foi a limpeza do trecho do Rio
Paquequer que corta a comunidade, trabalho realizado por equipe do
Inea – Instituto Estadual do Ambiente. O desassoreamento dos trechos mais
críticos dos rios que cortam os bairros Meudon, Beira Linha, Bom
Retiro e a comunidade da Ilha do Caxangá teve início em setembro,
dentro do programa 'Limpa Rio”, do Governo do Estado, de limpeza
de corpos hídricos. A proposta é aumentar a capacidade de vazão da
água na temporada de chuva, evitando transbordamento e diminuindo a
probabilidade de cheias.
Fotos – Marcelo Rosa.
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