Partido também decidiu destituir toda a executiva
municipal da legenda na cidade; recursos foram desviados por quadrilha de
políticos ao longo de quatro anos
O PMDB do Rio decidiu expulsar do partido a candidata à Prefeitura de
Guapimirim, na Baixada Fluminense, Ismeralda Rangel Garcia, presa na última
quarta-feira suspeita de envovimento em um esquema de corrupção que teria
desviado dos cofres públicos cerca de R$ 48 milhões nos últimos quatro anos.
O partido
também decidiu pela destituição de toda a executiva municipal do partido no
município. Desta forma, o PMDB não terá candidato próprio na disputa pela
Prefeitura de Guapimirim.
A
operação desenceada ontem pela Secretaria de Segurança Pública do Rio para
desarticular a quadrilha resultou na prisão de quatro pessoas, entre elas, o
próprio prefeito do município, Renato Costa Mello Júnior, o Júnior do Posto.
Os
integrantes do grupo prometeram pagar uma propina mensal de R$ 20 mil caso
Ismeralda vencesse as eleições municipais.
Como
funcionava o esquema
De acordo
com as investigações, o grupo roubava dinheiro público dos cofres da prefeitura
por meio de diversas ações criminosas. Alguns exemplos:
Veículos
particulares em nome dos acusados eram alugados para a prefeitura a preços
superfaturados, como no caso de um automóvel ano 1993 que custava R$ 7 mil por
mês aos cofres municipais.
Notas
fiscais contabilizam a venda de até 60 toneladas de carnes por mês para a
Prefeitura, porém essa quantidade era incompatível com a demanda do município e
com o porte do fornecedor. O mesmo artifício de vendas fantasmas era usado para
fraudar compras de pães e outros alimentos. Há indícios, decorrentes das
investigações, de que parte dessas aquisições é destinada à merenda escolar.
O
presidente da Câmara dos Vereadores, “Marcelo do Queijo”, é proprietário de uma
empresa de manutenção de ar-condicionado que prestava serviços para a
prefeitura com notas fiscais superfaturadas.
As informações são do iG
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