quarta-feira, 17 de abril de 2013

APROVADA PROPOSTA DE INTERIORIZAÇÃO DO GÁS NATURAL COMPRIMIDO



A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou nesta terça-feira (16/04), em discussão única, o projeto de lei 1.120/11, que prevê a ampliação da oferta de gás natural nas regiões onde não há rede de distribuição canalizada. Assinado pelos deputados André Corrêa (PSD)Paulo Ramos (PDT) e Bernardo Rossi (PMDB), o texto autoriza o Poder Executivo a estimular as concessionárias de gás canalizado CEG e CEG Rio a levar a estes locais o gás natural comprimido (GNC). O objetivo é permitir que municípios que ainda não disponham de oferta de gás natural transportado por gasodutos possam passar a ter através de gás transportado via caminhões.“É uma proposta que incentiva o transporte de gás comprimido, sobretudo para as cidades pequenas, em que não há justificativa econômica de se fazer os gasodutos. Isso beneficia o meio ambiente, porque é um combustível que polui menos, e pode estimular a demanda para alguns setores, para que, no futuro, possa chegar o gás via tubulação”, analisou Corrêa.
A proposta, que prevê o estímulo à equiparação de preços cobrados para os clientes que não são supridos pelo gás canalizado das concessionárias, seguirá para a sanção do governador Sérgio Cabral. “O gás canalizado é bem mais barato que o GNC e, através deste projeto, eles vão se equiparar. Então, irá se tornar viável levar o gás natural para onde a canalização não chega”, salientou Rossi, que disse esperar a sanção da proposta. De acordo com o texto, qualquer cliente, nas respectivas áreas de concessão, que opte por ser suprido por GNC diretamente pelas concessionárias deverá ter tratamento semelhante, dentro de sua classe de clientes, ao de um cliente que esteja ligado diretamente à rede canalizada das concessionárias. O cliente fica livre para decidir por ser suprido diretamente pela respectiva concessionária ou por distribuidor de GNC autorizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Para Paulo Ramos, as concessionárias não terão dificuldade de implementar a medida. “A tecnologia para isso já existe. As concessionárias dispõem dos meios e, agora, é pôr em prática”, declarou. O governador terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar o texto que define, ainda, que caberá às concessionárias a apresentação de uma proposta para eliminar esta distinção, que, depois, será enviada à Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico (Agenersa) para apreciação.

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