A Secretaria de Estado de Educação lamenta a decisão do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação.
A greve é inoportuna, já que os sindicatos estão em negociação com a
Secretaria. Inclusive, neste ano, o secretário de Estado de Educação,
Wilson Risolia, recebeu representantes da União dos Professores Públicos
do Estado (Uppes) e do Sepe que compõem o Grupo de Trabalho, formado a
pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), para dar continuidade aos
debates sobre as principais reivindicações. Os maiores prejudicados com a
greve serão os alunos da rede pública.
Abaixo,
seguem algumas ponderações sobre a paralisação do Sepe. As
reivindicações não podem ser as mesmas para as redes municipal e
estadual, pois são redes diferentes. Por exemplo:
- Eleição para diretor de escola:
no município há e no Estado, não. Quanto à eleição para diretores, no
Estado houve o fim das indicações e o cargo de diretor é preenchido após
processo seletivo interno, em quatro etapas: avaliação curricular,
prova, entrevista e treinamento. Eleição não é possível no Estado devido
ao fato de haver localidades com muita influência política e a eleição
para diretor torna-se uma eleição com apoios de políticos. O processo
seletivo também é mais democrático, pois permite um professor
candidatar-se, caso seja bom gestor, a dirigir uma escola da capital
mesmo ele sendo e outra região. O STF aceitou a posição e a
interpretação da Seeduc nesse caso.
- De quanto será o reajuste salarial? A proposta é a de que seja de 8%. Mas tem que passar por votação na Alerj.
-
E quanto as demandas de equiparação salarial de professores e eleição
direta para diretores? Não sabemos o que o Sepe quer dizer quanto à
equiparação salarial. A rede estadual do Rio paga, atualmente, R$ 16,90
pela hora-aula. Valor maior do que a hora-aula em SP (R$ 15,80);no ES é
de 9,80; e em MG é de R$ 11,80.
- Benefícios novos para os servidores da Educação no Rio.
Auxílio-transporte
- entre R$ 63 a R$ 120/mês Auxílio-qualificação - bônus anual de R$ 500
Auxílio-alimentação - R$ 160 mensais Auxílio-formação para professores
regentes de turma / Parceria Consórcio Cederj - bolsa no valor de R$300
mensais.
1/3
da carga horária – Esclarecemos que na rede estadual de ensino, cada
hora-relógio em sala de aula equivale a 50 minutos. O Estado já cumpre
1/3 de atividades complementares.
Sobre
a participação de outro sindicato, o Sepe argumenta que o mesmo não
participou da greve e, por isso, não representa os profissionais. Ainda
assim, a Secretaria pretende tentar negociar com o sindicato ou não?
Tratará apenas com o outro? O secretário e a Seeduc tratam com os
dois sindicatos, tanto que nessa terça-feira (29/04) recebeu o Sepe. A
UPPEs é um sindicato oficial, que iniciou as atividades sindicais antes
do Sepe. E, no encontro com o
STF, a representante do Ministério Público que estava presente sugeriu a
ampliação do debate e do Grupo de Trabalho. Portanto, é o Sepe quem
deve decidir se quer participar ou não. Ele está convidado.
Quanto
a uma possível paralisação ou greve, a Secretaria lamenta tais
atitudes, pois prejudica os alunos. O secretário reuniu-se na
terça-feira (29/04) com o Sepe e informou aos sindicalistas que haverá
reajuste com aumento real este ano. Já em referência à redução da carga
horária para funcionários, a Secretaria ratifica posição do STF, de que
não pode reduzir carga horária sem reduzir salários. Quanto ao
enquadramento por formação para funcionários administrativos, há uma
análise na Procuradoria Geral do Estado (PGE) dos casos que têm a ver com
a área em que atuam. O Grupo de Trabalho acordado junto ao Supremo já
está em funcionamento, tanto que a próxima reunião será no dia 12 de
maio. O Sepe, no entanto, se recusa a participar devido ao fato de o
outro sindicato da categoria, a UPPEs, fazer parte.
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