A
Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais (Sepda) da
Prefeitura do Rio de Janeiro posicionou-se a favor da extinção da
prática de tração animal na Ilha de Paquetá. A posição da pasta foi
exposta durante a realização do 1º Fórum de Proteção e Defesa dos
Animais da Comissão de Representação da Assembleia Legislativa do Rio
(Alerj) que trata do tema, realizado nesta segunda-feira (19/06).
A comissão, presidida pelo
deputado Thiago Pampolha (PTC), também defendeu o fim dos trabalhos de
tração. Pampolha assinalou o tema como polêmico, mas afirmou que é uma
prática que se encaminha para o fim. “A extinção desses trabalhos
depende do prefeito, mas nós, em parceria com a Sepda, nos posicionamos
contrários à continuidade da tração animal, que certamente vai acabar”,
disse.
Atualmente cerca de dez animais
de tração, como cavalos, são abandonados por dia no município do Rio,
segundo dados da Sepda apresentados pelo veterinário Alceu Cardoso.
Alceu caracterizou o uso de animais em ramos como o da agropecuária como
um retrocesso, já que hoje em dia o trabalho é todo mecanizado. Segundo
ele, a secretaria desenvolveu um plano de contingência para receber os
animais de Paquetá, que sofrem de maus tratos e vivem em condições
precárias, dormindo sobre fezes em espaços pequenos e sem alimentação
adequada.
Cardoso disse, ainda, que a
Prefeitura conta com o Centro de Proteção Animal na Fazenda Modelo, em
Campo Grande, zona Oeste da capital, onde já existem animais alojados.
“Temos um local específico para estes animais, e estamos preparados para
recebê-los caso o serviço oferecido em Paquetá acabe. Temos alimentos,
profissionais gabaritados para recebê-los e piquetes para que os animais
fiquem soltos, em um ambiente natural”, explicou Cardoso. Ativistas
presentes na audiência pediram o fim do serviço também na Praça Xavier
de Brito, na Tijuca, zona Norte do Rio, e em outros locais onde existe a
prática da tração animal.
Texto de Bárbara Figueiredo
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