O
estado do Rio teve uma queda considerável no número de mortes causadas pela
dengue, apesar da confirmação de que há uma epidemia na capital fluminense. Foi
o que afirmou o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado
de Saúde (SES), Alexandre Chieppe, durante a apresentação do relatório
epidemiológico de casos de dengue das primeiras 17 semanas de 2012 (de 1º de
janeiro a 28 de abril). A afirmação foi feita durante audiência pública da
Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), presidida pelo
deputado Bruno Correia (PDT), nesta quinta-feira (03/05).
Segundo
Chieppe, no mesmo período de 2011, foram confirmados 52 óbitos e este ano,
apenas 13.
“No ano
passado, encaramos um cenário alarmante, com a introdução do vírus da dengue
tipo 4, até então encontrado só no estado do Amapá, que se tornou o responsável
por cerca de 80% de todos os casos no Rio. Em 2012, com a adesão de 80 municípios
na campanha '10 Minutos Contra a Dengue', da SES, iniciamos um trabalho de
prevenção mais eficaz”, explicou.
Para o
deputado Bruno Correia (PDT), será necessário ouvir agora as autoridades
municipais de vigilância em Saúde da capital para conhecer os dados do
município do Rio. “Este ano, apenas no município do Rio foi confirmada a
epidemia e, até agora, não recebemos um comunicado com a posição oficial da
Secretaria Municipal de Saúde sobre a situação. Faremos um requerimento de
informações à prefeitura, já que a mesma não enviou representantes a esta
reunião”, enfatizou Correia.
Ao
final do encontro, Chieppe adiantou que, no próximo semestre, agentes endêmicos
da SES passarão a utilizar um palm top, dispositivo móvel usado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas pesquisas do Censo, que irá
monitorar por GPS os focos encontrados pelos agentes. “Em parceria com o IBGE e
o Ministério da Saúde, teremos mais transparência na fiscalização dos agentes,
além de contribuirmos atualizando os dados do instituto”, completou.
Também
participaram da reunião o vice-presidente da comissão, deputado Pedro Fernandes
(PMDB), e a deputada Enfermeira Rejane (PC do B), membro efetivo do colegiado.
(texto
de Cynthia Obiler)
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