Cerca de 90 agentes comunitários de saúde, das dezesseis equipes lotadas nas doze Unidades de Saúde da Família do Município, participaram de um curso de capacitação nestas segunda, 11, e terça, 12, para atuar no combate ao mosquito transmissor da dengue.
Realizada pela Divisão de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, a capacitação ensinou como funciona o LIRAa (Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti), que identifica os criadouros predominantes e a situação de infestação no município, permitindo o direcionamento de ações de combate, controle e prevenção nas áreas mais críticas.
“Estamos capacitando os agentes comunitários da Atenção Básica, do Programa de Saúde da Família, para que eles possam, dentro das suas microáreas, realizar esse trabalho. Eles vão coletar larvas, que serão enviadas a um laboratório de entomologia para identificação. Com isso, teremos uma estatística mostrando se o município está com um índice alto de infestação, ou não”, explicou Alonso de Faria, coordenador da Divisão de Vigilância Ambiental.
Na próxima segunda-feira, 18, os agentes comunitários de saúde darão início ao trabalho de campo, durante as visitas domiciliares que fazem regularmente. A ação será supervisionada por sete agentes de saúde da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), cedidos ao município, e que integram o Programa Municipal de Combate à Dengue. Para o trabalho, a área de abrangência das Unidades de Saúde da Família foi dividida em sete microrregiões, onde os agentes visitarão as casas para coletar larvas de mosquito para identificação.
“É fundamental a participação da população. O poder público, por mais que faça através de visita domiciliar, não consegue atingir o interior das residências. Então, pedimos que as pessoas percam dez minutos por dia observando se há acumulo de água em suas casas, se as calhas estão limpas, se as caixas d’água estão cobertas. Isso é fundamental para que se evite a possível proliferação do mosquito no município”, orientou Alonso de Faria.
Prevenção
Desde 2011, os integrantes do Programa Municipal de Combate à Dengue vêm intensificando a realização de visitas técnicas em locais estratégicos do município, como prédios públicos, comércios, indústrias, ferros-velhos e oficinas mecânicas, a fim de localizar criadouros com larvas do mosquitoAedes aegypti. Os agentes providenciam a erradicação dos focos e colhem amostras para análise em laboratório.
Também são promovidas ações de esclarecimento à população sobre a prevenção da doença, inclusive com distribuição de folhetos explicativos da campanha ‘10 minutos contra a dengue’, da Secretaria Estadual de Saúde.
Para eliminar criadouros e evitar a reprodução e a proliferação do mosquito transmissor da doença, a população é orientada a adotar cuidados diários simples:
- Não deixar água parada em pneus fora de uso. O ideal é fazer furos nestes pneus para evitar o acúmulo de água;
- Não deixar água acumulada sobre a laje de sua residência;
- Não deixar água parada nas calhas da residência. Remover folhas, galhos ou qualquer material que impeça a sua circulação;
- Caixas d’água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas. O mesmo vale para poços artesianos ou qualquer outro tipo de reservatório de água;
- A vasilha que fica sob os vasos de plantas não pode ter água parada. Deixar estas vasilhas sempre secas ou cobri-las com areia;
- As bromélias costumam acumular água entre suas folhas. Para evitar a reprodução do mosquito, o ideal é regar esta planta com uma mistura de 1 litro de água e uma colher de água sanitária;
- A água das vasilhas de gatos e cachorros deve ser trocada todo dia;
- As piscinas devem ter tratamento com cloro, sempre na quantidade recomendada. Piscinas não utilizadas devem ser desativadas e permanecer sempre secas;
- Garrafas, latas, copos ou outros recipientes semelhantes devem ser armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo. Se não forem usados devem ser embrulhados em sacos e descartados no lixo;
- Não descartar lixo em terreno baldio e manter a lata de lixo sempre bem fechada;
- Sempre que observar alguma situação que você não possa resolver, avisar imediatamente um agente público de saúde para que uma medida eficaz seja tomada.
Fotos – crédito para Marco Esteves.
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