quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Morre o repórter Fernando Pinto (Gato Preto)

Faleceu ontem em Teresópolis, aos 78 anos de idade, o repórter de rádio e jornal, Fernando Pinto, que ficou conhecido nacionalmente como “Gato Preto”. O sepultamento será realizado hoje no cemitério municipal Carlinda Berlim às 2 horas da tarde.

Gato Preto” fez parte de uma geração de profissionais do rádio ,que apesar das condições de trabalho serem bem precárias, desenvolvia suas atividades com muito amor e profissionalismo.
 Durante décadas foi o responsável pelas noticias do programa Repórter Policial na Rádio Teresópolis, por onde se aposentou. Foi também editor de policia do jornal A Gazeta de Teresópolis. Amigo e grande companheiro de trabalho, Fernando Pinto trabalhou durante muitos anos como correspondente informal de vários veículos de comunicação da grande mídia, como rádios Globo e Tupi. Jornais o Dia, Globo e Jornal do Brasil entre outros. A direção da rádio Teresópolis colocou a emissora de luto pelo desencarne do repórter.





'Há algum tempo atrás, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma leitura muito interessante, quando bem interpretada. Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros.

Quando nascemos entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que julgamos que estarão sempre conosco: nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade, em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos no cominho, amizade e companhia insubstituível... Mas isso não impede que durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser mais que especiais para nós embarquem. Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos.Muitas pessoas tomam esse trem apenas a passeio. Outros encontrarão nessa viagem somente tristeza. Ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por este trem de forma que , quando desocupam seu acento, ninguém sequer percebe. Curioso é perceber que alguns passageiros que nos são tão queridos, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos, portanto somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante o percurso, atravessemos, mesmo que com dificuldades, o nosso vagão e cheguemos até eles... só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado para sempre.

Não importa, a viagem é assim, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperanças, despedidas... porém, jamais retornos. Façamos essa viagem, então da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando sempre que em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e provavelmente precisaremos entender, pois nós também fraquejamos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá. Eu me pergunto se quando eu descer desse trem sentirei saudades... acredito que sim. Separar-me de algumas amizades que fiz será, no mínimo, dolorido.

Deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos será muito Triste, mas me agarro à esperança de que em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram... e o que vai me deixar mais feliz será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros, ou até aquele que está sentado ao nosso lado. Façamos com que a nossa estada nesse trem seja tranqüila, que tenha valido a pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem da vida."


Um comentário:

  1. Prezado, boa noite!

    Agradeço por sua homenagem ao meu Tio Fernando. Esse merece, com certeza. Um beijo a minha Tia Neide e meus primos. Que Deus lhas de forças para superar essa perda!

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