Uma parceria entre a Prefeitura de Teresópolis, através do
Setor de Controle de Zoonoses, vinculado à Divisão de
Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, o Unifeso e a WSPA – Sociedade Mundial de Proteção Animal –
promoveu no último domingo, 23, no bairro da Beira Linha, uma ação preventiva
contra a Leptospirose. Com uma equipe composta por três médicos veterinários,
nove alunos da instituição educacional e agentes da Zoonoses , dezenas de cães
foram vacinados contra a doença que pode contaminar e matar humanos. Além da
vacina, os integrantes da ação distribuíram informativos alertando contra os
riscos.
Segundo o veterinário
André Martins, professor do Unifeso, a realização da iniciativa só foi possível
graças às parcerias firmadas. “É a primeira vez que esta campanha de vacinação
contra a leptospirose em cães ocorre aqui em Teresópolis. Através
de parceiros como a Prefeitura e a WSPA conseguimos realizar um bom trabalho de
campo. O local foi escolhido por indicação do Setor de Zoonoses da Prefeitura por
ser a Beira Linha uma área baixa, próximo ao rio, sujeita a ocorrências da
doença em humanos e animais também. Ele ressaltou que os ratos não são o
único vetor da moléstia. “Estamos fazendo somente nos
cães porque os gatos são apenas refratários, não transmitindo às pessoas e no
dia 27 de abril haverá a 2ª dose da vacina”, explicou André. Ainda de acordo
com o médico, a adesão da comunidade foi muito boa e a ação deverá ser levada a
outros bairros do município.
A leptospirose, também
conhecida como "doença do xixi do rato", é umas das importantes
doenças transmitidas pelos animais ao homem e é causada por uma bactéria que
penetra pela pele, mas que também pode ser ingerido junto com a água e
alimentos contaminados. Os roedores são os grandes responsáveis pela
transmissão da doença através de sua urina, porém os cães podem ser vetores,
sendo necessária a vacinação como medida preventiva.
Para a médica veterinária da WSPA, Rosângela
Ribeiro, a prevenção é o melhor remédio. “Através de um projeto da WSPA
conseguimos com a empresa Merial Brasil as vacinas para a proteção dos cães e
consequentemente das pessoas. Em 2010, fizemos uma parceria com o Unifeso para
a execução desse trabalho, porque esses animais, na maioria das vezes, fazem
parte do núcleo familiar, sendo significativos para o emocional dessas
famílias. Por isso, é tão importante a introdução do veterinário nos programas
do governo”, comentou.
Morador da Beira Linha, Luiz Claudio Silva,
aderiu à campanha e levou suas seis cadelas adotadas para serem vacinadas. “É
muito importante para a saúde do seu cão e para nossa própria saúde. Não basta
só alimentar. È preciso cuidar e amar seus bichos”, afirmou Luiz.
Sintomas
Febre alta, mal-estar, urina escura, dor muscular
e de cabeça são sintomas da moléstia, que atinge os rins, o fígado e os
músculos. A maior incidência é registrada no verão, quando as águas das chuvas
misturadas ao lixo facilitam a disseminação da bactéria. Anualmente, o Brasil
chega a registrar 3 mil casos do mal, dos quais 11% são fatais.
Como medidas preventivas é aconselhável a vacinação dos cães contra a leptospirose, duas vezes ao ano, além da eliminação de lixo e entulho, para evitar a circulação de ratos.
Como medidas preventivas é aconselhável a vacinação dos cães contra a leptospirose, duas vezes ao ano, além da eliminação de lixo e entulho, para evitar a circulação de ratos.
Texto – Gisele Barreto
Fotos – Jeferson Hermida
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