O cliente de convênio
médico que não for internado por falta de leitos tem o direito de receber o
atendimento, mesmo que seja num hospital que não seja coberto pelo plano de
saúde. Ao recorrer à Justiça, o consumidor, nesse caso, pode conseguir uma
liminar e é internado na hora, antes mesmo de o juiz analisar o caso, explica a
advogada especializada em direito do consumidor Rosana Chiavassa. O cidadão
pode conseguir isso junto ao Juizado Especial Cível.
O mais importante, no entanto, é como ele vai provar que não tinha vaga, ressalta Rosana. A advogada aconselha que o consumidor tenha uma testemunha que não seja da família, de preferência. Para a Justiça, o depoimento familiar tem um comprometimento de interesse, conta.
O presidente do Instituto Brasileiro do Direito de Saúde Suplementar (IBDSS) e advogado José Luiz Toro da Silva acrescenta que o hospital que negar a internação por falta de leito comete o crime de omissão de socorro. Nesse caso, a operadora tem de arrumar um outro hospital para internar o paciente e é obrigada a arcar com o custo, aponta.
Na rede pública o dever é o mesmo. É uma obrigação do Estado garantir a saúde para o cidadão”, afirma Toro. Contra a administração pública, o cidadão que se sentir lesado deve procurar o Ministério Público da sua localidade e apresentar a sua reclamação. As informações são do Jornal da Tarde.
Fonte: Veja online - 19/03/2012
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