domingo, 25 de março de 2012

Vovô sai em busca de medicamentos em conta

Priorizar um bom papo com o atendente ou gerente e se tornar fiel a determinadas farmácias garantiu desconto de R$ 50. Economia pode chegar a 15% do gasto final

  ‘Diante do reajuste de até 5,85% no preço dos medicamentos, autorizado esta semana pelo Governo Federal, eu, ilustre Detetive da Terceira Idade, decidi sair às ruas para saber como diminuir o valor da compra nas farmácias. Pesquisei nas zonas Sul, Norte e Oeste e descobri, no balcão, a melhor das técnicas de pechincha: priorizar um bom papo fez com que a compra caísse R$ 50, 15% do valor final.

 Aposentado Almir Lisboa, 72 anos, gasta R$ 300 por mês com 20 remédios para a esposa 
Na listinha de mão, os clássicos: Omeprazol, Paracetamol, Diclofenaco Sódico, Atenolol, Azitromicina, Captopril, Sinvastatina, Amoxicilina e Dipirona Sódica. Meu roteiro de investigação começou por Irajá, na Zona Norte. Em uma das farmácias que visitei, na Avenida Monsenhor Felix, a compra dos nove remédios ficou em R$187,32. Mas depois de uma conversa camarada, o atendente sorriu e reduziu o valor para R$ 131,35 — R$ 55 de retorno pro meu bolso.

ZONA NORTE
No Méier, Rua Dias da Cruz, o susto foi com os genéricos. No teste do preço do Sinvastascor, remédio de marca para tratar do colesterol , o medicamento custava R$13,69, enquanto o genérico Sinvastatina, R$23,59. Diferença de R$10, embora, bem menos chocante que em Irajá. O mesmo genérico custava R$ 58,98, enquanto o de marca valia R$24,10 — mais que o dobro.
Na Praça Saens Peña, Tijuca, pude constatar que o bolso do idoso pode ficar mais recheado quando ele faz amigos. Consegui um desconto de 15% no balcão após me comprometer com o gerente a comprar todos os meses a minha lista de remédios ali.
Outra questão interessante é que as farmácias reduzem os valores dos genéricos conforme conseguem negociar com os grandes fabricantes. Em uma farmácia à beira da Estrada do Mendanha, em Campo Grande, o Omeprazol 26 comprimidos, custava R$13,99, enquanto outra ofertava por R$ 25,25”.
Bons descontos em remédios no programa ‘Aqui tem Farmácia Popular’
A amiga Adicéia de Almeida, de 64 anos, busca nas Farmácias Populares e nos programas ‘Saúde Não Tem Preço’ e ‘Aqui tem Farmácia Popular’, que funcionam nas redes privadas, medicamentos oferecidos de graça ou com até 90% de desconto. A tática também é utilizada por um grande número de consumidores.
Em 2011, o Ministério da Saúde gastou R$579 milhões na compra de remédios para os programas assistências, que beneficiaram 7,8 milhões de pessoas. A alta lucratividade produziu um efeito positivo: 8.840 remédios — como a Ritalina (tratamento do déficit de atenção), Stelara (psoríase) e o antirretroviral Kaleta — não sofrerão o reajuste da inflação. Segundo Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, o reajuste negativo só foi possível por conta da alta produtividade da indústria.



   Fonte: O Dia online

 Foto: Uanderson Fernandes Agência O DIA

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