‘Diante do reajuste de até 5,85% no preço dos medicamentos, autorizado
esta semana pelo Governo Federal, eu, ilustre Detetive da Terceira Idade,
decidi sair às ruas para saber
como diminuir o valor da compra nas farmácias. Pesquisei nas zonas Sul, Norte e
Oeste e descobri, no balcão, a melhor das técnicas de pechincha: priorizar um
bom papo fez com que a compra caísse R$ 50, 15% do valor final.
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Na listinha de mão,
os clássicos: Omeprazol, Paracetamol, Diclofenaco Sódico, Atenolol,
Azitromicina, Captopril, Sinvastatina, Amoxicilina e Dipirona Sódica. Meu
roteiro de investigação começou por Irajá, na Zona
Norte. Em uma das farmácias que visitei, na Avenida Monsenhor Felix, a compra
dos nove remédios ficou em R$187,32. Mas depois de uma conversa camarada, o
atendente sorriu e reduziu o valor para R$ 131,35 — R$ 55 de retorno pro meu
bolso.
ZONA NORTE
ZONA NORTE
No Méier, Rua Dias
da Cruz, o susto foi com os genéricos. No teste do preço do Sinvastascor,
remédio de marca para
tratar do colesterol , o medicamento custava R$13,69, enquanto o genérico
Sinvastatina, R$23,59. Diferença de R$10, embora, bem menos chocante que em
Irajá. O mesmo genérico custava R$ 58,98, enquanto o de marca valia R$24,10 —
mais que o dobro.
Na Praça Saens
Peña, Tijuca, pude constatar que o bolso do idoso pode ficar mais recheado
quando ele faz amigos. Consegui um desconto de 15% no balcão após me comprometer com o
gerente a comprar todos os meses a minha lista de remédios ali.
Outra questão
interessante é que as farmácias reduzem os valores dos genéricos conforme
conseguem negociar com os grandes fabricantes. Em uma farmácia à beira da
Estrada do Mendanha, em Campo Grande, o Omeprazol 26 comprimidos, custava
R$13,99, enquanto outra ofertava por R$ 25,25”.
Bons descontos em
remédios no programa ‘Aqui tem Farmácia Popular’
A amiga Adicéia de
Almeida, de 64 anos, busca nas Farmácias Populares e nos programas ‘Saúde Não
Tem Preço’ e ‘Aqui tem Farmácia Popular’, que funcionam nas redes privadas,
medicamentos oferecidos de graça ou com até 90% de desconto. A tática também é
utilizada por um grande número de consumidores.
Em 2011, o
Ministério da Saúde gastou R$579 milhões na compra de remédios para os
programas assistências, que beneficiaram 7,8 milhões de pessoas. A alta
lucratividade produziu um efeito positivo: 8.840 remédios — como a Ritalina
(tratamento do déficit de atenção), Stelara (psoríase) e o antirretroviral
Kaleta — não sofrerão o reajuste da inflação. Segundo Câmara de Regulação do
Mercado de Medicamentos, o reajuste negativo só foi possível por conta da alta
produtividade da indústria.
Fonte: O Dia online
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