terça-feira, 27 de maio de 2014

TAXISTAS RECLAMAM DE CONCORRÊNCIA DE PIRATAS E CARROS PARTICULARES





A atuação do serviço irregular e dos carros particulares a serviço de hotéis foram duas das principais queixas que motoristas e cooperativas de taxi durante audiência pública, nesta terça-feira (27/05), da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O encontro foi conduzido pelo vice-presidente do grupo, deputado Dionísio Lins (PP).“Hoje temos de quatro a seis mil taxis piratas circulando, usando relógio e tabela fantasma. Os profissionais regularizados estão sofrendo com a concorrência desleal”, disse ele, que anunciou nova audiência sobre o tema com órgãos responsáveis pela fiscalização.

As reclamações foram registradas pelo promotor do Ministério Público do Estado (MP-RJ) Marcelo Fabiano. “Elas serão encaminhadas aos promotores com atribuição para a devida investigação. Depois, havendo a necessidade, será instalada uma ação penal para conter esses abusos”, explicou.

Segundo o membro da cooperativa Royalcoop, Henrique Dutra Câmara, hotéis da Barra e bairros da Zona Sul utilizam carros particulares para realizar o transporte remunerado de hóspedes. “Direitos estão sendo violados na nossa cidade. Os clientes, muitos estrangeiros, que não conhecem a lei no nosso país, acabam sendo coniventes sem ter consciência. Muitos desses carros circulam sem seguro, vistoria ou higienização, e com pessoas não habilitadas conduzindo. Isso configura o exercício ilegal da profissão”, salientou, informando que os estabelecimentos hoteleiros faturam entre 40 e 50% do valor arrecadado.

O uso dos aplicativos em smartphones para encontrar taxis também foi citado pelo presidente da Associação dos Taxistas do Brasil, Antônio Oliviero. “Eles são uma forma regular de manter a ilegalidade. Quando você chama o taxista, é impossível saber se a pessoa é de boa índole, já que é tudo feito pela internet. O motorista se registra, se cadastra e no mesmo dia estará fazendo corrida, sem credibilidade e legalidade. Todo mundo tem o direito de trabalhar, mas de forma legal”, defendeu. Além disso, Antônio defendeu o reforço nas delegacias de turismo.

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