quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Analistas da Receita Federal paralisam por 24 horas


Servidores de órgãos estaduais também protestam no dia de hoje


Analistas tributários da Receita Federal fazem paralisação de 24 horas em todo o País nesta quinta-feira para marcar o 5º Dia Nacional de Luta pela Reestruturação Salarial. No Rio Grande do Sul, alguns servidores se reuniram em frente ao prédio do Ministério da Fazenda, no Centro de Porto Alegre. Segundo a delegada sindical no Estado do Sindicato dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita), Jane Pimentel, uma reunião foi realizada para debater assuntos internos. O Sindireceita se encontrará com representantes do governo federal às 15h para apresentação da proposta final de reajuste.

De acordo com o Sindireceita, inúmeras reuniões foram realizadas, mas o governo não apresentou nenhuma oferta concreta. “Somos uma categoria de nível superior de alta qualificação e exercemos uma atividade de extrema importância”, afirmou a presidente nacional da entidade, Sílvia Helena Felismino. A categoria pede uma reestruturação dos salários, pois estaria na 107ª posição na lista de remuneração do Ministério do Planejamento.
A proposta do sindicato é de um aumento pago em três anos, 30% no primeiro, 25% no segundo e 25% no terceiro, mas a União acessou apenas com 15,8%, considerado muito abaixo do reivindicado. A projeção é de que mais de 5 mil analistas participem da ação em todo o Brasil, afetando parcialmente setores como o conferência de bagagens e mercadorias em portos e aeroportos, atendimento nos Centros de Atendimento ao Contribuinte (CAC), Agências, Delegacias e demais unidades da Receita Federal.

Servidores estaduais também realizam protesto
Cerca de 9 mil servidores ligados ao Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul (Semapi) podem parar as atividades para pressionar o governo estadual a melhorar a proposta salarial para a categoria. Dezenas de trabalhadores fizeram manifestações nesta quinta-feira em Porto Alegre, primeiro na avenida Padre Cacique, em frente à Fundação de Atendimento Sócio Educativo (Fase), e depois diante da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). No local, eles bloquearam a avenida Mauá e causaram congestionamento até a Estação Rodoviária.

De acordo com o coordenador de Comunicação da entidade, Luís Alberto Trindade, o governo estadual ofereceu reajuste de 4,86%, considerado baixo. “Havíamos pedido 8%”, destacou. Além disso, a classe reivindica aumento no valor dos vales refeição e alimentação, assistência saúde, revisão dos planos de carreira e melhoria do adicional de penosidade para as fundações.

Para Trindade, existem distorções nos salários de servidores. Segundo ele, algumas pessoas, exercendo a mesma função, chegam a ter diferença nos vencimentos de até 63%. O sindicato deve se reunir mais uma vez com o governo na próxima semana. Caso não haja flexibilidade no atendimento das reivindicações, os servidores devem analisar a possibilidade de desencadear uma greve.
Fazem também parte da base de instituições vinculadas ou conveniadas ao Semapi os trabalhadores da Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (Emater/Ascar), Universidade Estadual do Estado (Uergs), Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas Portadoras de Deficiências e de Altas Habilidades (Faders), Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapergs), Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), Fundação de Proteção Especial (FPE), Fundação de Economia e Estatística (FEE), Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), Fundação de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), Fundação Teatro São Pedro e Fundação Zoobotânica do Estado (FZB).

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