terça-feira, 21 de agosto de 2012

Preços de aluguéis disparam no Rio


Mercado aquecido e alta de indicador fazem valores subirem
Com o mercado de locação de imóveis aquecido no Rio e o IGPM-M, principal índice de correção de contrato de aluguel em alta, está cada vez mais difícil negociar descontos na hora de renovar o acordo com os donos dos imóveis. Ontem, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que a segunda prévia de agosto do IGP-M registrou alta de 1,38%, bem acima do 1,11% da prévia de julho. Com isso, em 12 meses, o indexador dos aluguéis já acumula 6,67%, índice que é o parâmetro para o reajuste dos contratos.

“Em bairros da Zona Sul, como Leblon e Copacabana, não se encontra mais imóveis para alugar. Por isso, os preços estão tão altos. Já nas zonas Norte e Oeste, ainda há unidades disponíveis, mas com valores em alta”, explica Antônio Paulo Monnerat, vice-presidente de locação do Secovi-Rio.

Segundo o dirigente, eventos como a Copa de 2014, as Olimpíadas de 2016 e a expectativa de produção do pré-sal são fatores que fizeram os aluguéis subirem tanto. É que mais gente quer morar no Rio.

Levantamento de preços do Secovi-Rio, de agosto, mostra que o aluguel de um imóvel de dois quartos no Leblon, por exemplo, custa, em média, R$ 5.275. Já na Tijuca, um dois quartos vale R$ 1.824. Em Copacabana sai por R$3.207 e no Centro, a R$1.508 (confira a tabela completa).

Desta forma, ressalta Monnerat, inquilinos têm tanta dificuldades para “arrancar” desconto de proprietários na hora de renovar o contrato. “Um imóvel leva de 15 a 30 dias para ser alugado. Se o proprietário não aluga para você, arruma outro interessado logo”, avisa.
        Desconto de IR para inquilinos
O vice-presidente de locação do Secovi, Antônio Paulo Monnerat, defende que o governo também deveria dar inventivo fiscal a quem aluga imóveis. “O aluguel poderia ser abatido do Imposto de Renda para quem aluga. Iria estimular a oferta no setor”, avalia.

        POR Max Leone/O Dia

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