Escola de Bonsucesso recebe projeto de contação de histórias originado na Itália

Marcia Cabral conta histórias com recursos cênicos para crianças da rede municipal

Marcia conta que o projeto nasceu na Itália e já foi apresentado em mais de 32 instituições em quatro países

A coordenadora do projeto em Teresópolis, Raquel Furtado, explica como teve a ideia de trazê-lo para a cidade

As crianças também participam de uma oficina de arte durante o projeto

A diretora Ivete Sueli e sua equipe comemoram a vinda do projeto para a Escola Francisco Maria Dállia

A Escola Francisco Maria Dállia, localizada em Bonsucesso, 3º distrito de Teresópolis, foi a última de 19 unidades da rede municipal de ensino a apresentar para seus alunos do primeiro segmento um projeto de contação de histórias diferente. Enfatizando a fauna e a flora da América do Sul e intitulado “A Natureza Não Tem Fronteiras”, o projeto foi criado pela psicóloga e professora Marcia Cabral da Rocha depois de uma viagem feita à Itália e reúne atividades lúdicas, contação de histórias, oficina de artes e debate.

“Quando estive na Itália percebi que lá se estuda muito mais a Floresta Amazônica do que nas escolas brasileiras. Então comecei um projeto, fazendo um intercâmbio entre crianças brasileiras e italianas, para trazer para nossas escolas um estudo sobre biodiversidade, sobretudo sobre a Floresta Amazônica”, explicou a autora da iniciativa.

Antes de chegar a Teresópolis, o trabalho foi realizado em 32 instituições, entre escolas e pré-escolas particulares e públicas, bibliotecas infantis e livrarias do Brasil, Itália, Inglaterra e França, alcançando mais de 1.600 crianças. Voltada para a faixa etárias entre 3 e 9 anos, os Anos Iniciais e Ensino Fundamental, o projeto teve como coordenadora em Teresópolis, Raquel Furtado, que explicou como iniciou o trabalho na cidade.

“Eu conheci a Marcia Rocha em um evento literário em Recife, promovido pela editora dela. Quando ela me contou sobre o projeto com essa questão ambiental, fiz a ligação entre Teresópolis, sua natureza exuberante, as crianças da zona rural, e surgiu a ideia de trazermos a iniciativa para cá, conscientizando as crianças através de atividades literárias”, contou Raquel Furtado.

Com as estatísticas mundiais apontando para a perda das florestas, da água e do ar puro caso as novas gerações não concentrem sua atenção sobre esse problema, despertar a consciência ecológica e discutir a relação do homem com a natureza em sala de aula é uma questão urgente.

“A Marcia trouxe para os alunos uma reflexão muito positiva sobre esse tema tão atual que é o meio ambiente, a preservação da vida, da natureza e da água. E a leitura é o pilar de todo evento pedagógico das escolas, ainda mais tendo como culminância uma atividade artística. Foi um projeto magnífico e a escola está aberta para todas essas atividades ou propostas trazidas pela Secretaria de Educação ou outras entidades”, concluiu a diretora Ivete Sueli da Costa.

Texto e fotos: Marcelo Ferreira.