Contato com a água da enchente não obriga à vacinação
A Vigilância
Sanitária do município está atenta aos estabelecimentos comerciais atingidos
pelo alagamento que afetou o centro da cidade e vários bairros nesta
sexta-feira, 4, principalmente os que vendem produtos alimentícios. Todo artigo
que entrou em contato com a água contaminada da enchente deve ser descartado
imediatamente, mesmo os embalados e que aparentam estar em condição de
reaproveitamento.
“Os alimentos que tiveram contato com a água
oriunda da chuva da enchente devem ser descartados, não podem de maneira
nenhuma ser reaproveitados. Os comerciantes não podem fornecer esse alimento à
população, nem mesmo gratuitamente. Essa medida visa prevenir surtos diarréicos
e de outras patologias que podem advir do consumo desses alimentos
potencialmente contaminados”, alerta o Secretário Municipal de Saúde, Carlos
Otávio Sant’Anna.
Denúncias sobre esse tipo de prática podem ser
feitas à Vigilância Sanitária, que funciona na sede da Secretaria de Saúde, na
Tijuca, pelo telefone (21) 3642-2121
.
Vacinação
O Secretário de Saúde explica que não há
obrigatoriedade de vacinar as pessoas que tiveram contato com a água da
enchente, desde que elas estejam com a carteira de vacinação em dia. A equipe
de imunização da Secretaria de Saúde está apenas atualizando a cobertura
vacinal da população. “Não é pelo fato de ter contato com a água das chuvas que
existe a obrigatoriedade de fazer vacina. Estamos avaliando a carteira nacional
de vacinação. As pessoas que estão com sua carteira em dia não precisam ser
imunizadas”, garante.
Entretanto, Carlos Otávio orienta as pessoas a
tomarem cuidado ao limparem suas casas ou estabelecimentos comerciais. “Evitem
o contato com a água da enchente. Quem está fazendo limpeza deve utilizar
botas, luvas ou, pelo menos, um saco plástico envolvendo o calçado”, aconselha,
acrescentando que quem teve contato direto com essa água e que apresentar
sintomas como diarréia, vômito e febre devem procurar as unidades de emergência
do município, como a UPA, no Bom Retiro, e a Unidade de Saúde 24 horas Dr.
Eitel Abdalla, no bairro de São Pedro.
Em relação à leptospirose, doença causada através
do contato com a água contaminada pela urina do rato, o Secretário Carlos Otávio
explica que os sintomas surgem de quatro a cinco dias. “Os principais sintomas
são dor forte no corpo, principalmente localizada na panturrilha, ou batata da
perna, febre e vômito. Basta procurar uma unidade de saúde para o atendimento
médico. Não é necessário nenhum tipo de vacina para essa patologia”.
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