segunda-feira, 25 de junho de 2012

Táxis comuns poderão continuar parando no Galeão


A prefeitura decidiu liberar o Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim por pelo menos mais um mês para todos os 33 mil táxis legalizados na cidade pegarem passageiros. O esquema havia sido adotado na Rio+20 devido ao grande número de delegações que desembarcariam no Rio. Antes do evento, apenas os credenciados podiam operar por lá. A exclusividade reduzia a oferta de táxis e tornava o serviço deficiente. O sistema antigo não deve ser retomado.
“Ainda não é uma resposta definitiva, mas o sistema não volta ao que era antes. Nesta segunda o secretário de Transportes publica uma resolução mantendo o serviço, permitindo que todos os taxistas cheguem ao aeroporto”, afirmou o prefeito Eduardo Paes em entrevista coletiva para avaliar a cidade na Rio+20.
Com a decisão, ficam suspensas as regras do programa ‘Táxi Boa Praça’, que começou a funcionar em janeiro no Terminal 1 e em março no Terminal 2. O projeto monitorava os táxis para coibir a atuação de motoristas irregulares. A expectativas é de reduzir o tempo de espera por um táxi.
“O sistema vai continuar suspenso por que a licitação, feita pela Infraero, é para o espaço dentro do aeroporto, mas a via de acesso é pública. A restrição que se cria à circulação de táxis não é muito adequada. É uma situação que nós criamos”, disse Paes.
Para o taxista Daniel Rocha, 32, os passageiros sairão ganhando. “Eles escolhem o táxi que querem”, disse ele, que começou a fazer ponto lá, na Rio+20. O geólogo André Guttmenn, 40, aprovou a iniciativa. Já o diretor-presidente da Aerotáxi, Marcos Melo, não gostou. Segundo ele, o prefeito não teria cumprido o combinado, que era a liberação apenas na Rio+20. “Fazíamos sete corridas, agora apenas três.”
Rio+20 serve de laboratório para cidade 

O prefeito Eduardo Paes avaliou que a Rio+20 deixou um saldo positivo para a cidade. Ele considerou a conferência um “laboratório para uma série de ações que vão ter que ser tomadas ao longo dos próximos anos”. Durante o evento, o Rio recebeu cerca de 50% a mais do que o esperado de turistas. Foram 110 mil pessoas, o que gerou um rendimentoextra de R$274 milhões. Na rede hoteleira, a ocupação chegou a 95%.
Os eventos paralelos também foram sucesso e receberam mais de 1 milhão de visitas. Somente na Cúpula dos Povos, no Aterro, 300 mil participaram das atividades. Nos dez dias de evento, a Comlurb recolheu 144 toneladas de lixo. Do total, 42 toneladas foram de material reciclável.
Reportagem de Anny Souza. Colaboraram Christina Nascimento e Lucas Moretti

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