Petrópolis: presidente Dilma Rousseff irá sobrevoar áreas atingidas por temporal na próxima segunda

A presidente Dilma Rousseff estará em Petrópolis, na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, na próxima segunda-feira (25), onde irá participar de uma missa na Catedral da cidade que irá homenagear as 33 vítimas das chuvas que atingiram o município na noite do último domingo (17) e madrugada de segunda-feira (18).
De acordo com o Palácio do Planalto, antes da missa, marcada para as 17h, a presidente irá sobrevoar, junto com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, as áreas atingidas pelo temporal.
Os corpos da maioria das vítimas foram localizados nas proximidades do bairro Quitandinha, onde os bombeiros concentraram as varreduras. No local, havia uma festa de aniversário e a maioria das vítimas era da mesma família.

Os outros bairros onde houve mortes foram: Doutor Thouzet, Alagoas, Lagoinha e Bingen. Segundo os bombeiros, a chuva forte culminou em 21 pontos de escorregamento ou alagamento no município.
Nesta sexta-feira, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil suspenderam as buscas por desaparecidos. De acordo com a Prefeitura de Petrópolis, não houve mais registro de desaparecimentos no município.

Ainda segundo a prefeitura, os trabalhos consistem agora na limpeza da cidade, desobstrução das vias e remoção dos escombros.
Aluguel social sem reajuste
Desde sua criação, em 2002, o Aluguel Social de Petrópolis não teve reajuste. Hoje, o benefício recebido por desabrigados é de R$ 200. Moradores da cidade reclamam do valor. A nova administração diz que vai recadastrar as cerca de 400 famílias que recebem o benefício para corrigir excessos e incluí-las no programa estadual do Aluguel Social, que paga R$ 500 ao mês.
Neide Aparecida Lourenço de 45 anos, que vive com o filho que necessita de cuidados especiais, recebe Aluguel Social municipal, de R$ 200, porque sua casa foi interditada em razão das chuvas de 2011. Entretanto, ela nunca encontrou um imóvel por esse valor na cidade.
— Naquela época, chegaram e afirmaram que eu tinha que sair de lá com meu filho, porque havia risco de tudo desabar. Me cadastrei e, depois de muito tempo, consegui o Aluguel Social. Mas, com esse valor, nunca encontrei uma casa na cidade. Não quero uma mansão, só quero um lugar para chamar de casa.
Como ela não trabalha fora para se dedicar ao filho, não tem como complementar o valor e, com isso, é obrigada a morar na casa de amigos.
— Nunca mais consegui um lugar fixo pra morar. Vivo dependendo de outras pessoas. Poderiam dar pelo menos a casa, nem que fosse uma popular.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Petrópolis trabalha com expectativa anunciada nesta semana pela Defesa Civil Estadual de que, até domingo (24), os desabrigados estejam em local seguro com Aluguel Social estadual, de R$ 500.

R7