Iniciada pela
Secretaria Municipal de Saúde no último dia 5, na Calçada da Fama, no centro da
cidade, a campanha itinerante de prevenção à dengue em Teresópolis prossegue
nesta segunda-feira, 12, no Terminal Rodoviário José de Carvalho Janotti, na
Várzea.
Equipe da Vigilância Ambiental e integrantes do Programa Municipal de
Combate à Dengue, ligados ao Setor de Controle de Zoonoses, abordam os
pedestres e prestam esclarecimentos sobre o combate ao Aedes aegypti,
transmissor da doença, orientando sobre as ações que devem ser tomadas para
evitar criadouros do mosquito. Realizada sempre às segundas-feiras, a
intensificação da campanha será levada ao bairro de São Pedro no dia 19 e à
Quinta Lebrão no dia 26, das 10h às 16h.
Morador da Fazendinha, Mauro Gonçalves Cabral ouviu atentamente os
esclarecimentos prestados pelos agentes de saúde. “Todos devem tomar uma
atitude, como eles explicaram sobre caixa d’água, vasos de planta, lixo. Eu não
deixo qualquer água parada, como copo descartável, se tiver jogado num canto eu
coloco no lixo. Todos têm que participar”, opinou.
Marta Aparecida Souza Faria, de Mottas, no interior do município, também
se preocupa com a dengue. “Onde eu moro tem muito risco, apesar de não ser tão
quente, pois tem muita casa abandonada por conta do temporal do ano passado.
Mas a gente contribui mantendo a caixa d’água tampada, esses cuidados
importantes”, lembrou.
Para o bagageiro Eduardo Leal, morador de Venda Nova, no 3º Distrito, a
população deve estar alerta. “Essa ação é muito boa para deixar claro para a
população que já tem caso de dengue na cidade. São coisas simples que podem ser
feitas em casa, e em pouco tempo, para evitar criadouros do mosquito. Estou
sempre olhando caixa d’água e vasos de planta para não deixar o mosquito se
reproduzir”, ensinou
Prevenção
Funcionário do Ministério da Saúde e cedido pelo convênio SUS à
Secretaria de Saúde de Teresópolis, Marcos Reimol volta a lembrar que já foi
encontrado o mosquito transmissor da dengue no município. “Estamos com essa
ação rodando alguns locais da cidade para mostrar que a dengue é uma realidade
em Teresópolis. Vamos investir pesado, para que nos próximos verões não exista
o risco dessa doença fazer vítimas no município”, explicou.
Segundo ele, o maior cuidado de prevenção é evitar água parada, pois
mesmo aquela com lodo pode se tornar criadouro do Aedes aegypti. “A
água pode estar lodosa, mas é uma água limpa. Às vezes a pessoa tem uma caixa
d’água ou um barril no fundo da casa com a presença de larvas. É o primeiro
sinal de que existe condição para a proliferação do mosquito na região”,
alertou, acrescentando que a água parada deve ser jogada diretamente na terra,
para ser absorvida e a larva, eliminada. “O depósito de água tem que ser lavado
com escova para soltar os ovos, que ficam presos em suas laterais. Esses ovos
sobrevivem até 480 dias presos num recipiente sem água. Basta um pouquinho
d’água e, depois desse tempo todo, eles vão eclodir em um criadouro”,
ressaltou.
Outras doenças
Marcos Reimol salientou que o Poder Púbico precisa da colaboração da
população para acabar com muitas doenças transmitidas por animais. É o caso da
leptospirose, transmitida pelo rato, por exemplo. “Todo dia o Setor de Zoonoses
recebe ligações de pessoas reclamando de ratos. Os agentes vão ao local,
colocam iscas, voltam em uma semana e encontram tudo da mesma maneira, com
restos de comida, entulhos e roupas jogados e sendo usados como ninho pelos
roedores”, contou. ”Estamos tentando mobilizar a população para que entenda que
a prevenção só funciona com a ajuda de todos”, concluiu.
Qualidade da água
Outro serviço prestado por equipes da Secretaria de Saúde com o objetivo
de evitar a transmissão de doenças é o controle da qualidade da água de fontes
e nascentes utilizadas pela população para consumo. O monitoramento é feito
através do programa Vigiágua, setor ligado à Divisão de Vigilância Ambiental, a
fim de garantir que a água consumida pela população atenda ao padrão e normas
estabelecidos na legislação vigente.
Informações sobre prevenção à dengue ou combate a roedores podem ser
obtidas no Setor de Controle de Zoonoses, pelo telefone (21)
2742-7272, ramal 210. Já sobre o monitoramento da água de fontes e
nascentes, o ramal é 222.
Texto: Silvia Pimentel
Fotos: Marco Esteves
Equipe da Secretaria de Saúde intensifica a campanha de combate ao
mosquito transmissor da dengue na Rodoviária
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Marta Faria ouve atenta as dicas de prevenção contra o Aedes
aegypti
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Agente de Saúde Carlos Lessa orienta Mauro Cabral sobre as ações para
prevenir focos do mosquito transmissor da dengue
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