terça-feira, 24 de julho de 2012

HOSPITAL DA MULHER PASSA A CONTAR COM SERVIÇO PARA PACIENTES COM NEOPLASIA

Unidade de São João de Meriti tem todos os recursos essenciais para tratamento

O Hospital da Mulher Heloneida Studart (HMHS), em São João de Meriti, acaba de inaugurar um serviço voltado para pacientes portadoras de neoplasia trofoblastica gestacional (NTG). Esta doença é identificada após a mulher receber um exame positivo para gravidez. No entanto, após o exame de ultrassom, descobre-se que em vez de esperar um bebê, ela tem uma mola hidatiforme, uma espécie de tumor, com potencial de se tornar maligno.


O tratamento é feito através da retirada da mola por meio de aspiração e a mulher é acompanhada por um tempo que varia de 6 meses a 1 ano. Em cerca de 25% dos casos, o quadro evolui para um câncer e a mulher precisa ainda passar por um tratamento de quimioterapia e é acompanhada por mais dois anos. Depois, o ideal, é que ela volte ao médico uma vez por ano pelo resto da vida.


Antes de ser transferido para o Hospital da Mulher, que é referência no estado para o atendimento de gestantes de alto-risco, o serviço era oferecido na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Na primeira semana de serviço quase 50 pacientes da Santa Casa já foram encaminhadas para o HMHS. O Centro de Referência de Neoplasia Trofoblastica Gestacional é coordenado pelo professor Paulo Belfort, que conta com uma equipe de oncologistas, ginecologistas e obstetras, além de enfermeiros.


- O Hospital da Mulher tem todos os recursos essenciais para acompanhar e tratar pacientes de alto-risco. A transferência do Centro de Referência de Neoplasia Trofoblastica Gestacional tornou a oferta do serviço melhor para as pacientes e os profissionais – afirma o professor Paulo Belfort, com 52 anos de experiência no tratamento de mulheres portadoras de NTG.


Orientação


Em abril, profissionais de saúde dos 92 municípios do estado participaram de um seminário sobre a doença, sendo orientados a encaminhar as pacientes com este quadro para o Hospital da Mulher. A neoplasia trofoblastica gestacional não é rara no Brasil e tem bom índice de recuperação das mulheres, que na maior parte das vezes podem tentar uma nova gestação após um prazo médio de um ano.

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