quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Secretaria do Ambiente fiscaliza a prática de pesca predatória na Lagoa de Itaipu, em Niterói


Ascom SEA/Inea

A Lagoa de Itaipu, na Região Oceânica de Niterói, foi alvo de uma operação de combate à pesca predatória deflagrada pela Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), em parceria o Comando de Polícia Ambiental (CPAm) e o Instituto Estadual do Ambiental (Inea) na noite desta quarta-feira (18/11). Agentes da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da SEA, utilizaram dois botes infláveis para cercar e abordar as embarcações de pesca artesanal na lagoa. A blitz ambiental ainda teve caráter preventivo, informando aos pescadores sobre os prejuízos que a pesca predatória pode acarretar ao meio ambiente.
De acordo com o coordenador da Cicca, José Maurício Padrone, a rede de arrasto menor que 30 milímetros possui alto poder destrutivo, impactando diretamente no ecossistema costeiro.
“Ao serem arrastadas no fundo do mar, essas redes ilegais, com malha extremamente fina, impedem a passagem de pequenos crustáceos, camarões e inúmeras espécies de peixes que ainda não chegaram à fase adulta, ou seja, que não possuem o tamanho mínimo para serem capturados”, disse o coordenador da Cicca.
Policiais ambientais utilizaram botes infláveis para abordar e orientar os pescadores durante a operação, não houve flagrante.
“O Inea recebe diversas denúncias de pesca predatória. A partir dessas denúncias foi iniciada uma investigação, que culminou na operação de quarta-feira, mas o que foi constatado é que os pescadores estavam realizando suas atividades somente com apetrechos permitidos nas respectivas licenças”, informou Padrone.
Para o chefe da Reserva Extrativista Marinha de Itaipú, Carlos Martins, os moradores apoiam operações dessa natureza. "A pesca feita de forma predatória, vai contra os princípios da colônia de pescadores. A lagoa é um berçário da vida, fonte de sustento para inúmeros moradores que vivem da pesca e precisa ser preservada". 
O coordenador da Cicca alertou que as atividades de fiscalização serão intensificadas ao longo dos próximos meses:
“Estamos trabalhando preventivamente, orientando os pescadores, mas se for necessário iremos repreender. Quem for flagrado praticando pesca predatória será autuado no artigo 34 da Lei de Crimes Ambientais e ainda poderá ser multado", afirmou Padrone.
A pescaria na região é praticada por cerca de 260 pescadores. Dados do Departamento de Biologia Marinha da Universidade Federal Fluminense registra a ocorrência de cerca de 140 espécies de peixes na região dos costões, recifes, Lagoa de Itaipu, no entorno das ilhas do Pai, Mãe e Filha e na praia propriamente dita. Destas, 31 espécies são a base da pesca tradicional, tais como o linguado e o cação-anjo, que garantem a sobrevivência dos pescadores tradicionais.

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