sábado, 23 de junho de 2012

Hora de conter o crescimento em Teresópolis



 Não é preciso muito esforço para observar que Teresópolis tem sofrido, ao longo das últimas décadas, as consequências de um crescimento desordenado. Basta estar nas regiões mais baixas da cidade e olhar para cima: casas, casas e mais casas se acumulam em montanhas e encostas.
Recentemente, o observatório Nossa Teresópolis realizou uma análise sobre o assunto, baseada nos dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e chegou a conclusões preocupantes.
Cerca de 31,19% da população — o que corresponde a mais de 40 mil residências teresopolitanas — vivem em condições precárias. O percentual de residências sem água tratada chega próximo a 30%. Se este índice assusta, o número de domicílios sem ligação com a rede de esgoto ou pluvial é ainda mais alarmante: ultrapassa 65%.
Para especialistas, é preciso ações dos dois lados, governo e população.
— Não é só o órgão público que deve dizer ao morador que ele não pode construir em determinado lugar. O cidadão tem que se informar, porque quem será a maior vítima é o próprio morador. Cidadania é uma via de mão dupla: direitos do cidadão, mas responsabilidade cidadã também — alerta a promotora de Justiça Anaiza Malhardes, no mesmo estudo.
Por meio da assessoria de comunicação, a prefeitura de Teresópolis informou que, quando o prefeito Arlei assumiu o cargo, em agosto de 2011, encontrou o município com grande índice de ocupação desordenada por conta da falta de uma política habitacional. Segundo a nota, o prefeito tem buscado a parceria do governo estadual para a elaboração de um projeto habitacional a fim de realocar as famílias residentes em áreas de risco, transferindo-as para locais seguros.


Fonte: O Globo Serra

Nenhum comentário:

Postar um comentário