Cerca de 7 milhões
de trabalhadores deverão requerer acesso ao benefício ao longo do ano. O
programa liberará R$ 34,7 bi
O benefício
assegura ao trabalhador que perdeu o emprego uma renda mínima por período entre
três e cinco meses
As parcelas do seguro-desemprego foram reajustadas em 11,28%, e os novos
valores começam a ser pagos já em janeiro a milhares de pessoas. O benefício
assegura ao trabalhador que perdeu o emprego uma renda mínima por período entre
três e cinco meses.
Com isso, a parcela mínima do seguro-desemprego será de R$ 880,00
seguindo o reajuste do salário mínimo para 2016. Já a parcela máxima passa de
R$ 1.385,91 em vigor em 2015 para R$ 1.542,24 este ano.
O reajuste considerou a inflação de 2015 medida pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC). Os valores a serem pagos são calculados com base
em uma fórmula que considera os três últimos salários recebidos pelo
trabalhador, e é sobre essa média que é aplicado o reajuste.
Neste ano, o seguro-desemprego deve movimentar R$ 34,7 bilhões em
valores a serem transferidos a cerca de 7 milhões de trabalhadores em todo o
País, conforme estimativa do Ministério do Trabalho e Previdência Social
(MTPS).
“O seguro-desemprego é assegurado a trabalhadores que estão sendo
dispensados sem justa causa. Não foi uma decisão de dispensa causada por esses
trabalhadores. Foram trabalhadores que, em uma situação de dispensa, viram-se
sem salário e, nesse momento, o programa do seguro-desemprego tenta recompor
parte da renda deles”, afirmou o diretor do Departamento de Emprego e
Salário do MTPS, Márcio Borges.
“Estamos falando de trabalhadores, pais de famílias que precisam
assegurar o mínimo de sustento a seus familiares”, diz Borges. Ele
lembra que o que se vê nos últimos anos é um número maior de trabalhadores com
acesso ao benefício.
Em 2002, 4,8 milhões de trabalhadores solicitaram o seguro-desemprego.
Em 2014, esse número foi bem maior: 8,5 milhões de pessoas tiveram direito ao
benefício. O aumento decorreu do maior número de trabalhadores contratados
com carteira assinada pelas empresas nos últimos anos.
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