quinta-feira, 16 de agosto de 2012

FRENTE QUER VALE SOCIAL E CESTA BÁSICA PARA PORTADORES DE TUBERCULOSE



Presidente da Frente Parlamentar de Mobilização e Combate ao HIV e Tuberculose no Estado, o deputado Gilberto Palmares (PT) pretende enviar aos candidatos a prefeito do Rio um documento com medidas consideradas fundamentais no combate às doenças. Dentre as ações, estão a implantação do Vale Social no transporte municipal, com a possibilidade de até dez passagens por mês para a realização de tratamento, e a distribuição de cesta básica com as proteínas necessárias para os pacientes. “Sabemos que já existe uma lei que beneficia os portadores de doenças crônicas, mas o problema é que a norma não cita a tuberculose. Queremos corrigir essa injustiça”, sentenciou o parlamentar, durante debate nesta quarta-feira (15/08).

O petista falou ainda sobre a necessidade de implementação de um programa para a qualificação de agentes comunitários. “É necessária a qualificação urgente dos agentes de saúde em relação à tuberculose, como enfermeiros e auxiliares. Uma proposta é que as prefeituras reinvindiquem ao Ministério do Trabalho um programa específico para isso”, afirmou. A pesquisadora Margareth Dalcolmo, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, da Fiocruz, informou que a cidade do Rio está, hoje, no topo do ranking da tuberculose no Brasil. “Só na Rocinha, a taxa de infecção é de 300 pessoas para cada 100 mil casos no Rio”, apontou.

Margareth declarou ainda que estudos recentes mostram que 82% dos portadores da doença no estado são habitantes de áreas urbanas e cerca de 30% dos deles morrem nas emergências. “O número de casos no Brasil teve uma diminuição consistente nos últimos anos. O problema é que diminui menos do que deveria: algo em torno de 2%, quando deveria ser 15%”, completou.

Já Ana Alice Teixeira Beviláqua, representando a Subsecretaria Municipal de Saúde do Rio, reforçou a questão do tratamento que os profissionais de Saúde devem dar ao paciente: “Para evitar o abandono do tratamento, tem que se fazer uma boa acolhida. O paciente deve ser informado sobre as etapas da doença e do tratamento e, inclusive, deve receber informações sobre a medicação, sua forma de uso e sua reações. Assim, poderá retornar ao posto ou hospital sempre que tiver alguma dúvida ou reação adversa”, pontuou.

A mesa foi composta também pela superintendente de Segurança Alimentar da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudia Regina Fernandes, e pela cordenadora-geral do Cedaps (Fórum ONG TB/RJ), Wanda Lúcia Branco Guimarães.

(texto de Camilla Pontes)

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