terça-feira, 22 de maio de 2012

Estímulo andar de carro zero



Ministro da Fazenda anuncia corte de imposto e prazos maiores para setor automotivo

 Trocar de carro está mais barato a partir de hoje. Modelos populares do tipo 1.0 estão com Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) menor: caiu de 7% para zero. Com isso, um modelo como o Siena, que até ontem custava em torno de R$ 31 mil , tem margem para ser negociado por aproximadamente R$ 28 mil.

O estímulo para rodar de carro não para por aí. O financiamento também está mais em conta. O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cobrado em transações de crédito, teve queda no financiamento automotivo de 2,5% para 1,5%. Para carros populares flex, a redução é de 11% para 5,5%. Em veículos somente a gasolina, de 13% para 6,5%.

Ambas medidas foram anunciadas ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, como incentivo à economia do País. De acordo com ele, o setor automobilístico, que está com estoques elevados, precisa reagir.


Para isso, montadoras vão oferecer descontos na venda de automóveis até 31 de agosto. “O setor se compromete com promoções especiais e fez um acordo de não demitir trabalhadores”, informou Mantega, selando o compromisso das montadoras em não reduzir mão de obra.

Com a desoneração concedida pelo governo, o ministro prevê que a redução no preço dos automóveis poderá chegar a quase 10%.

Bancos

Com falta de crédito, setor automobilístico passa por aperto. Atualmente, bancos liberam financiamentos de até 36 meses, mas Mantega alegou que pretende aumentar esse prazo. “Isso fará com que a prestação caiba no bolso do consumidor”, disse.

De acordo com ele, a liberação de crédito dos bancos será controlada semanalmente: “Temos que dar voto de confiança para os bancos”.

Corte atinge também bens de capital

O pacote de estímulo ao setor automobilístico anunciado pelo ministro da Fazenda abrange diversas áreas. Entre elas, a redução de juros de linhas de crédito do BNDES para bens de capital — como máquinas e equipamentos destinados à produção —, além de exportação para grandes empresas.

Com a medida, juros para compra de máquinas e equipamentos caem de 7,3% ao ano para 5,5% ao ano. Para que grandes empresas comprem ônibus e caminhões, a queda foi de 7,7% para 5,5% ao ano.

O pacote é incentivo ao País em meio a momento de dificuldade. “Mais uma medida para garantir a continuação do crescimento em momentos de crise da economia internacional”, disse Mantega.




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