A Secretaria de Saúde do Rio anunciou na tarde desta terça-feira
(24) que a cidade encontra-se em epidemia de dengue. Segundo boletim
divulgado, o estágio é considerado epidêmico quando há registro mensal de mais
de 300 casos por 100 mil habitantes. Em março, a média na capital foi de cerca
de 370 casos da doença por cada 100 mil habitantes.
Ainda de acordo com a prefeitura, 12 pessoas morreram de janeiro a
21 de abril de 2012. Até o dia 16 de abril, data do último boletim, nove
óbitos haviam sido registrados. Ao todo, 50.016 pessoas foram vítimas de dengue
no ano.
A área de maior incidência é a região que engloba Bangu e
Realengo, na zona oeste, com 846,6 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida,
vêm Campo Grande, também zona oeste, com 686,9 casos e Madureira, zona norte,
com 543,5.
No mesmo período de 2011, quando não houve epidemia, já haviam
morrido 31 pessoas vítimas da doença.
Em 2002, também de janeiro a 21 de abril, quando houve surto, 62
óbitos haviam sido notificados na capital fluminense. Em 2008, ano em que
também foi identificada epidemia, 132 pessoas morreram neste período.
Dengue
pode ser mais grave em pessoas com problema de coração
Especialistas da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de
Janeiro chamaram a atenção para o aumento do risco da doença em pessoas com
doenças cardiovasculares. Segundo eles, esses pacientes podem ter o quadro
agravado, principalmente em relação à queda da pressão arterial e síndrome do
choque.
A maior preocupação é com pessoas que já fazem uso de
anticoagulantes e antiagregantes, medicamentos que evitam a formação de
coágulos nas artérias, por tornarem o sangue “mais fino”.
Como o vírus da dengue ataca as plaquetas, que são responsáveis
pela coagulação sanguínea, e o uso desses medicamentos também reduz a
quantidade dessas células, existe um risco aumentado de hemorragias, como
explicou o médico Wolney Martins.
– Somente um especialista pode determinar como será o tratamento
de cada paciente. Na grande maioria dos casos, o benefício trazido pelos
antiagregantes e anticoagulantes é superior ao risco de sangramento e, dessa
forma, mantém-se a utilização desses medicamentos durante a dengue.
Nas situações quando o risco de sangramento ultrapassa o benefício
que o medicamento traz, é preciso recorrer à suspensão temporária, com retorno
após a recuperação da dengue.
Fonte:R7
Sinais de
alerta
Fique atento aos sinais de alerta para
agravamento da dengue.
A infecção pelo vírus da dengue
causa uma doença de amplo espectro clínico, incluindo desde formas brandas até
quadros graves. Para evitar o agravamento da infecção é preciso estar atento
aos sinais de alarme. Estes sinais costumam aparecer entre o terceiro e o
sétimo dia do início da doença, quando a febre cede. Nesta fase da infecção podem
surgir sinais e sintomas como vômitos importantes e frequentes, dor abdominal
intensa e contínua, desconforto respiratório, sonolência ou irritabilidade
excessiva e sangramento, entre outros. Em geral, estes sinais anunciam a perda
plasmática.
O vírus da dengue provoca
aumento na permeabilidade do endotélio vascular, ou seja, do espaçamento entre
as células da parede dos vasos sanguíneos. Com isso, ocorre perda de líquido de
dentro dos vasos, o que pode levar o paciente ao choque e à morte. Por isso,
apenas a queda abrupta de plaquetas não norteia a classificação de risco do
paciente e a conduta clínica adequada. É preciso monitorar, também, o
hematócrito. O aumento repentino do hematócrito é um dos sinais de alarme, pois
mostra que o paciente está evoluindo para uma forma grave.
Confira os sinais de alarme:
- dor
abdominal intensa e contínua;
- vômitos
persistentes;
- hipotensão
postural e/ou lipotímia;
- hepatomegalia
dolorosa;
- sangramento
de mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena);
- sonolência
e/ou irritabilidade;
- diminuição
da diurese;
- diminuição
repentina da temperatura corpórea ou hipotermia;
- aumento
repentino do hematócrito;
- queda
abrupta de plaquetas;
- desconforto
respiratório.
Denúncia de focos
As secretarias Municipais de Saúde são as responsáveis pelo combate direto ao mosquito.
Clique aqui e veja como entrar em contato com a
secretaria
de sua cidade.
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