quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Álcool até 9,9% mais barato para os consumidores do Rio



Com redução do ICMS da produção no estado, preço do combustível vai cair nas bombas
  Para aumentar a produção de álcool combustível, o governador do Rio, Sérgio Cabral, assinou ontem decreto que reduz a alíquota do ICMS do setor de 24% para 2%. A expectativa, a longo prazo, é que o corte tenha impacto no bolso do consumidor. O aumento da oferta vai diminuir o custo de transporte, tornando o produto mais competitivo nas bombas. A redução do preço deve chegar a 9,98%. O valor médio do litro do combustível no Rio está em R$2,185. Com a baixa passaria a R$ 1,967, o litro.
Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, a vinda para o estado de novas empresas vai gerar uma “compensação”. “A redução pode se transferir para o consumidor. Quando aumenta o volume de produção, a tendência é reduzir o preço. O combustível tem que ser competitivo com a gasolina e gás natural veicular”, disse Bueno.
Segundo o secretário estadual de Agricultura, Alberto Mofati, o aumento de produtividade para o setor, que hoje supre 14% da demanda estadual, é fundamental. Ele explica que a participação só não é menor porque o Rio reduziu o consumo de álcool. Outro efeito positivo apontado é a geração de 6 mil empregos na cadeia produtiva do etanol.
Petrobras investirá US$ 71,6 bilhões em abastecimento
A área de abastecimento da Petrobras vai receber investimentos de US$ 71,6 bilhões até 2016. O parque de refino será modernizado, com o objetivo de melhorar a eficiência operacional. Segundo a estatal, dezenas de novas unidades de processamento já foram implantadas e outras estão em instalação, o que permite à empresa processar mais petróleo nacional, aumentar a produção dos derivados de alto valor agregado em seu ‘mix’ de produtos e de combustíveis com um menor teor de enxofre.
Do total de investimentos da Petrobras, US$ 55,8 bilhões são destinados a projetos em implantação. Os outros US$ 15,8 bilhões são voltados para projetos em avaliação. Em destaque, ao lado da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, está o Complexo Petroquímico do Rio (Comperj). Serão mais 165 mil barris por dia na capacidade de refino. O primeiro trem do Comperj está previsto para abril de 2015.
RENDIMENTO
A médica Carla Preves, 29 anos, pensa em voltar a abastecer o carro com álcool, assim que os novos preços chegarem às bombas. “Já usei etanol e percebi que, com o preço atual, não vale a pena, já que rende menos que a gasolina. Acaba saindo mais caro, no final das contas. Mas se o preço baixar de novo, volto para o álcool”, diz.
RECLAMAÇÕES
Para o frentista Mauro Andrade, 46 anos, a queda do preço é certa, uma vez que vai aumentar a oferta. “A redução vai fazer com que os consumidores parem de reclamar. Eles acham que não vale a pena usar porque a gasolina rende mais. Se fosse mais barato, acredito que a maioria das pessoas trocaria a gasolina pelo álcool”, afirmou.
SUSTENTABILIDADE
A preocupação ambiental era o que estimulava a psicóloga Isabela do Espírito Santo, 40 anos, a optar pelo derivado de cana no posto de combustível. “Eu usava álcool por questões de sustentabilidade mesmo, para não usar a gasolina, que é mais poluente. Mas o preço está tão alto que parei, não vale a pena. Será ótimo se o preço baixar”, torce.
Fonte: O Dia Online 

por Priscila Belmonte

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