terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Duas construções irregulares são demolidas na Reserva Biológica de Guaratiba, Zona Oeste do Rio, em ação da Secretaria do Ambiente


Edificações ilegais estavam localizadas em área de mangue de grande valor ambiental, econômico e social
Ascom SEA/Inea
Duas casas que estavam sendo construídas irregularmente na área de manguezal da Reserva Biológica de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, foram demolidas na manhã desta terça-feira (15/12) por agentes da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA). A operação foi deflagrada pela Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da SEA, em parceria com a Polícia Militar Ambiental e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
O secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, ressaltou que o Estado vai continuar a coibir construções irregulares em importantes áreas de preservação.
- Não vamos permitir que invasores destruam uma área de manguezal tão importante. A Reserva Biológica de Guaratiba possui um grande valor econômico para essa região. Peço o apoio da população para preservamos esse patrimônio carioca – afirmou o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa.
As duas construções localizadas em área não edificante, na Estrada Burle Marx, bairro de Guaratiba, foram derrubadas com auxílio de uma retroescavadeira. Uma das edificações inclusive já estava com as paredes levantadas. Após o trabalho de demolição dois caminhões se encarregaram de remover todo o entulho da Área de Preservação Permanente (APA) de Guaratiba.
O coordenador da Cicca, José Maurício Padrone, acrescentou a importância do manguezal para a região de Guaratiba. 
- O mangue é um filtro da baía de Sepetiba e um dos maiores criadores de frutos do mar da região, basta ver o grande número de restaurantes que comercializam por ali - disse Padrone.
Segundo o chefe de apoio as Unidades de conservação do Inea, Alexandre Pedroso, a Reserva Biológica de Guaratiba (RBG) é um ecossistema de grande valor ambiental, econômico e social, por oferece inúmeros serviços ambientais. Em 1992 a Unesco declarou a RBG como sendo parte integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, além disso a reserva integra ainda o Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar e o mosaico verde de áreas protegidas.
A Reserva Biológica de Guaratiba protege importante remanescente de manguezal da região metropolitana do Rio de Janeiro, com aproximadamente 3.360 hectares de área.  Desse total, 1601 hectares correspondem a florestas de mangue, 704 hectares a planícies hipersalinas ou apicuns, e o restante a áreas úmidas e alteradas em diferentes estágios de regeneração. A reserva ainda abriga 34 sítios arqueológicos situados em seus limites, cujo acervo de artefatos está sob guarda do Museu Nacional.

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