terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Mobilização contra dengue, chikungunya e zika em Teresópolis: Saúde faz campanha na rua e capacita equipes de PSFs


Campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti movimenta a Calçada da Fama, no centro da cidade


Campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti movimenta a Calçada da Fama, no centro da cidade


Parte da equipe de mobilização: os agentes de combate a endemias Augusto Pessoa, José Antonio Pereira e Elmar Duarte com o chefe do Controle de Zoonoses, Alessandro de Souza Vargas




 A Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde, deu início nesta terça, dia 15, a uma mobilização de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. A iniciativa também atende à campanha ‘10 Minutos Salvam Vidas’, lançada na semana passada pelo Governo do Estado.

Desta terça até sexta – 15 a 18 de dezembro, equipe da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde faz corpo a corpo com a população na Calçada da Fama, no centro da cidade, conscientizando sobre a importância de eliminar possíveis criadouros do inseto no ambiente doméstico, que concentra 80% dos focos do mosquito transmissor das doenças.

Já a Subsecretaria de Atenção Básica realizará nos dias 18, 21, 22 e 23 de dezembro, capacitação para os agentes comunitários de saúde lotados nos postos da Estratégia de Saúde da Família do Município. O objetivo é atualizar as equipes para atuar em campo. O curso será realizado a partir das 14h, no auditório da Secretaria de Saúde, no bairro Tijuca.

“Estamos reorganizando os setores e planejando as ações de combate ao mosquito, uma vez que além da dengue, ele também transmite zika e chikungunya”, comentou o secretário de Saúde, Henrique Medina.

Coordenada pelo chefe da Vigilância Sanitária e do Controle de Zoonoses, Alessandro de Souza Vargas, a mobilização na Calçada da Fama acontece das 10h às 16h, com distribuição de panfletos e orientações rápidas sobre as ações de prevenção. Através de um microscópio, as pessoas podem observar larvas e o mosquito em sua fase adulta, para que possam visualizar e reconhecer o Aedes aegypti.

“Todos devem estar atentos, pois esse mosquito pode ser encontrado em Teresópolis, e para não termos essas doenças é fundamental que a população participe e elimine os criadouros do inseto”, conclamou Alessandro. Também compõem a equipe os agentes sanitários Carmem Rocha, Michelle Pfister e Sandra de Oliveira, da Secretaria Municipal de Saúde, e os agentes de combate a endemias Augusto Pessoa, José Antonio Pereira e Elmar Duarte, do Ministério da Saúde.

Campanha ‘10 Minutos salvam vidas’
O material explicativo da campanha de enfrentamento ao Aedes aegypti orienta a população a dedicar 10 minutos por semana para fazer uma checagem, a fim de acabar com focos do mosquito e prevenir as três doenças:
Caixas d’água vedadas;
Calhas limpas;
Tonéis, galões, poços e barris bem vedados;
Pneus sem água e em lugares cobertos;
Ralos limpos e com tela;
Bandejas de ar-condicionado limpas e sem água;
Bandejas de geladeira limpas e sem água;
Pratos de vasos de planta com areia até a borda;
Bromélias e outras plantas sem acúmulo de água;
Vasos sanitários, sem uso constante, fechados;
Baldes virados com a boca para baixo;
Lonas de cobertura bem esticadas para não formar poças;
Piscinas e fontes sempre tratadas.


DENGUE - Dentre as três doenças, é a mais conhecida e presente no Brasil.

Transmissão: O vírus da dengue é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. 

Sintomas: Febre alta (geralmente dura de 2 a 7 dias), dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Nos casos graves, o doente também pode ter sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal, vômitos persistentes, sonolência, irritabilidade, hipotensão e tontura. Em casos extremos, a dengue pode matar.
Tratamento: A pessoa com sintomas da dengue deve procurar atendimento médico. As recomendações são ficar de repouso e ingerir bastante líquido. Não existem remédios contra a dengue. Caso apareçam os sintomas da versão mais grave da doença, é importante procurar um médico novamente.

CHIKUNGUNYA - Os primeiros casos “nativos” da doença no Brasil apareceram em setembro do ano passado em Oiapoque, no Amapá. Antes disso, já haviam sido detectados casos de pessoas que contraíram a virose fora do país. A origem do nome chikungunya é africana e significa “aqueles que se dobram”. É uma referência à postura dos doentes, que andam curvados por sentirem dores fortes nas articulações.

Transmissão: É transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti (presente em áreas urbanas) e Aedes albopictus (presente em áreas rurais).
Sintomas: O principal sintoma é a dor nas articulações de pés e mãos, que é mais intensa do que nos quadros de dengue. Além disso, também são sintomas: febre repentina acima de 39 graus, dor de cabeça, dor nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. Segundo o Ministério da Saúde, as mortes são raras.
Tratamento: Como no caso da dengue, não há tratamento específico. É preciso ficar de repouso e consumir bastante líquido. Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia.

ZIKA - A doença pode ter sido detectada na Bahia, mas ainda não está confirmada. A suspeita é de que ela tenha sido trazida para o Brasil durante a Copa do Mundo.

Transmissão: Mais uma vez, o Aedes aegypti é o vilão da história. Mas o vírus também é transmitido pelo Aedes albopictus e outros tipos de aedes.
Sintomas: O vírus não é tão forte quanto o da dengue ou da chikungunya e os pacientes apresentam um quadro alérgico. Os sintomas, porém, são parecidos com os das duas doenças: febre, dores e manchas no corpo. Quem é infectado pelo zika também pode apresentar diarreia e sinais de conjuntivite.
Tratamento: Assim como nas outras viroses, o tratamento consiste em repouso, ingestão de líquidos e remédios que aliviem os sintomas e que não contenham AAS. 


Fotos – Marcelo Roza.


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